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Brasil precisa rever seus heróis em prol da sanidade mental da nação

Quem se lembra de Heley de Abreu, Leiliane Silva ou sabe quem foi Oswaldo Aranha? O Brasil não carece de heróis, mas de reconhecê-los

por Lud Hayashi

Se alguém disser que não conhece Anitta, nunca ouviu falar em Pablo Vittar e pensa que Big Brother é uma referência ao Grande Irmão da obra distópica 1984, de George Orwell, será considerado um extraterrestre. Mas, se você mora em Marte ou apenas tem coisa melhor para fazer, aqui vai um resumo sobre os heróis brasileiros que possuem milhões de seguidores.

Anitta é uma cantora celebrada por “representar o Brasil no exterior”. Em uma entrevista há pouco mais de dez dias, nos Estados Unidos, ela cumpriu seu papel dizendo que os brasileiros “só querem se divertir e transar”. A cantora também revelou ser “uma pessoa muito livre” e que só não transaria com homens casados, mas poderia fazê-lo com “mulheres e cachorros”.

Como já há muita informação a ser digerida em um texto só, pulemos o Big Brother e vamos ao que realmente interessa: alguns dos verdadeiros heróis brasileiros, cujos nomes já foram esquecidos ou nem sequer chegaram aos ouvidos da maioria da população.

Heley de Abreu Silva Batista tinha 43 anos quando, literalmente, deu a vida por seus alunos. A professora de uma creche em Janaúba, Minas Gerais, morreu ao salvar crianças de um incêndio criminoso. Em outubro de 2017, um vigia invadiu a sala de aula de Heley, jogou gasolina no chão e ateou fogo. Para salvar as crianças, a professora lutou contra o homem em chamas, teve 90% do corpo queimado e não resistiu.

Oswaldo Aranha (1894-1960) é o responsável pela tradição que se mantém até hoje de o primeiro orador da reunião anual da Organização das Nações Unidas ser um brasileiro. Em 1947, Aranha chefiou a delegação brasileira na ONU e foi peça fundamental para a criação do Estado de Israel. Segundo a Agência Senado, ele também participou ativamente de negociações com os Estados Unidos que estimularam a industrialização brasileira na época, incluindo o setor siderúrgico.

Se a questão caísse no Enem, a porcentagem de estudantes que saberiam responder quem foi Oswaldo Aranha não seria tão expressiva assim. Já se o assunto fosse Anitta, a biografia provavelmente estaria na ponta da língua da maioria.

O Brasil não carece de heróis, mas sim de reconhecer quem são eles.

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