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Cianorte agora conta com o Programa Família Acolhedora

por Lud Hayashi

Lançamento aconteceu na tarde dessa terça-feira (26) e contou com a presença de profissionais da Rede Municipal de Proteção à Criança e ao Adolescente

Foi lançando na tarde dessa terça-feira (26), em Cianorte, o programa Família Acolhedora, uma iniciativa da Prefeitura e do Ministério Público que possibilitará o acolhimento temporário de crianças e adolescentes afastados, por determinação judicial, de seus vínculos de origem. A solenidade de abertura aconteceu na sede da Secretaria de Assistência Social e contou com a presença dos membros da Rede Municipal de Proteção à Criança e ao Adolescente.

“Essa iniciativa, à exemplo do modelo de acolhimento Casa-Lar instaurado recentemente no município, representa um avanço significativo. Por meio da convivência familiar e comunitária que ela proporciona, será possível minimizar os prejuízos psicológicos causados aos pequenos que necessitam de uma recepção afetuosa até que seja viável a sua reintegração à família de origem ou a adoção” pontuou a secretária de Assistência Social, Marlene Benalia Bataglia.

O Programa, que está com inscrições abertas, espera a adesão voluntária de famílias que queiram acolher temporariamente em seu espaço uma criança ou um adolescente – há exceções em casos de grupos de irmãos ou mãe adolescente e seu filho – em situação de risco social ou pessoal. “Tornar-se uma família como essa é sinal de amor e de afeto para receber aqueles que precisam de cuidados”, salienta a secretária.

Os membros da Rede de Proteção presentes na abertura do programa acompanharam uma palestra informativa e receberam materiais impressos para divulgação. “Precisamos estar ligados, trabalhando em sintonia, para priorizar o atendimento deste público e auxiliar as famílias para que suas atribuições se tornem mais fáceis de serem executadas, gerando o menor constrangimento possível”, conclui Marlene.   

PROGRAMA

Enquanto a família estiver com o acolhido, fica responsável pelas atividades cotidianas e rotineiras, como levar à escola e os cuidados com a saúde; garantir a alimentação e higiene adequada; apoiar nos estudos; ajudar a compreender e não se envergonhar da sua história; entre outras atribuições. “O objetivo é que a criança ou o adolescente se sinta em uma família normal”, reforça o chefe da Divisão dos Direitos da Criança e do Adolescente, Fernando Ribeiro.

Para desempenhar esse compromisso, a família parceira conta com um auxílio para as despesas. O Governo Municipal contribui mensalmente com um valor equivalente a um salário mínimo vigente. Para ajudar nas custas do programa, o Estado do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Família, disponibilizou, recentemente, para o município R$ 50 mil, além de outros R$ 60 mil para a aquisição de um veículo.

PARA PARTICIPAR

As inscrições podem ser realizadas no Serviço de Acolhimento Familiar, que fica na sede da Secretaria de Assistência Social (Centro Social Urbano) e atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30.

Para participar, é necessário ser maior de 18 anos e 16 anos mais velho que o acolhido; residir no município há mais de dez anos; não ter nenhum membro da família que resida no domicílio envolvido com uso abusivo de álcool, drogas e substâncias análogas; todos os membros precisam estar de acordo; possuir espaço físico adequado para recepcionar a criança ou o adolescente e receber o parecer psicossocial favorável da equipe técnica do Serviço de Acolhimento Familiar.

“Outro ponto que merece destaque é que essa iniciativa é diferente de adoção. O Família Acolhedora é temporário e ocorre mediante um termo de guarda provisória. Já a adoção possui outros trâmites legais e o cadastro deve ser realizado no Fórum, no Serviço Auxiliar da Infância e da Juventude (SAIJ). Os vínculos afetivos serão criados, mas neste programa não existem brechas para a adoção”, esclarece Fernando.

A partir do momento que o interesse no acolhimento é demonstrado, a equipe técnica do Serviço passa a realizar levantamentos e análises para checar se a participação é possível. “A família pode solicitar o perfil da criança ou adolescente que deseja e nós fazemos o direcionamento”, explica o chefe da Divisão dos Direitos da Criança e do Adolescente. “Depois que o acolhido já está com a família, continua recebendo nossa orientação e apoio constante”, completa.

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