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Crianças devem ficar com a cadeirinha virada para trás até 4 anos

por Lud Hayashi

Nos Estados Unidos, até então, as cadeirinhas podiam ser viradas para frente assim que a criança completasse 2 anos de idade. No entanto, com as novas orientações da Academia Americana de Pediatria, vai levar um pouco mais de tempo para isso. Agora, elas devem permanecer de costas para o motorista até atingirem o limite máximo de peso e altura da cadeirinha do carro.
Na prática, a maioria deve permanecer na direção contrária do veículo até os 4 anos de idade. O objetivo é garantir ainda mais segurança, já que a posição protege, principalmente, a cabeça e o pescoço em caso de acidente ou freada brusca. “Mesmo que as pernas dos seus filhos sejam mais compridas do que a cadeirinha, elas podem facilmente ser dobradas. Na verdade, é mais seguro para as pernas”, disse Natasha Young, técnica da organização sem fins lucrativos Safe Kids Worldwide, em entrevista à CBS.

Nessa fase, segundo as normas americanas, elas devem sentar-se em cadeirinhas até que atinjam a capacidade máxima de peso e altura do suporte.
Já os assentos de elevação devem ser usados até que as crianças tenham tamanho suficiente para usar o cinto de segurança corretamente. E no banco da frente, somente a partir dos 13 anos de idade.

O que diz a Lei no Brasil?

Bem diferente das novas orientações dos EUA, no Brasil, a Resolução 277 do Contran permite que a cadeirinha seja virada para frente assim que o bebê completa 1 ano, o que representa um risco adicional grave, na opinião dos especialistas.
Segundo o médico e vice-presidente da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), José Heverardo da Costa Montal, os acidentes de trânsito estão entre as maiores causas de lesões medulares em crianças. “A cabeça delas é maior e mais pesada que o corpo, elas têm mais riscos de sofrerem danos irrecuperáveis que os adultos”, explicou.
Mantê-las por mais tempo viradas para trás garante proteção contra o efeito chicote. “Que é quando a cabeça é protejada para frente e volta com velocidade para trás”, disse ele. Na opinião do médico, levar mais em consideração o peso e a altura do que propriamente a idade, faz mais sentido, já que cada criança tem um perfil corporal diferente.
Prova disso é um acidente que aconteceu na Austrália. Lá, os pais podem virar o bebê conforto para frente a partir dos 6 meses de idade. Mas, felizmente, a australiana Alia Machie resolveu esperar mais tempo. Ela e a filha sofreram um acidente de trânsito e, segundo os paramédicos, o que salvou a vida da pequena foi o fato da cadeirinha estar virada de costas para o painel.
A Abramet também defende mudanças na legislação brasileira no que diz respeito a idade mínima para que as crianças possam sentar no banco da frente. “As estatísticas demonstram que isso se torna um risco adicional. É necessário fazer pressão social no parlamento para realizar tais mudanças”, disse o vice-presidente.
A Associação publicou em sua página na internet um conjunto de diretrizes, ou seja, orientações de segurança para o transporte de crianças. Como, por exemplo, a importância da criança sentar na posição central do banco traseiro e da desativação do airbag ao transportar menores de 14 anos na frente.

O que diz a Lei da cadeirinha?

Até um 1 ano: bebê conforto, de costas para o motorista, no banco de trás;
De 1 a 4 anos: cadeirinha, adequada ao peso e altura, no banco de trás;
De 4 a 7 anos e meio: assentos de elevação no banco de trás;
De 7 anos e meio a 10 anos: apenas cinto de segurança no banco traseiro.

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