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Especialista explica a relação entre a comida e as emoções

por Lud Hayashi
Quantas vezes as mulheres se deparam com um desejo imenso de comer aquele doce na TPM (Tensão Pré-Menstrual)? Ou em um dia estressante, a vontade incontrolável por uma comida mais pesada e gordurosa?

Reprodução/Pixabay

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Sabe-se que, em determinadas situações, como no caso de dietas restritivas, o corpo humano carece de alguns nutrientes que são essenciais para o organismo e encontrados em diferentes tipos de alimentos. Entretanto, grande parte das pesquisas feitas sobre os desejos alimentares apontam que, provavelmente, eles ocorrem devido às reações psicológicas.
Essas situações estão ligadas às nossas emoções e a sinais externos capazes de provocar sentimentos, como tristeza, felicidade, preocupação, ansiedade, entre outros. De acordo com Ana Pallottini, consultora em nutrição da Abimapi (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados), os sentimentos humanos estão diretamente relacionados com nossas escolhas alimentares.
“É importante identificar e saber discernir, para que não se desenvolva um caso de transtorno alimentar. Uma boa dica é respeitar o corpo e as vontades, mas, acima de tudo, saber diferenciar o que é fome, o que é apetite e o que é saciedade”, explica.
Segundo a especialista, a fome é a necessidade fisiológica de comer e não está relacionada a alimentos específicos. Já o apetite é muito sensível ao sabor dos alimentos e expressa o desejo de comer algum algo específico. Por fim, a saciedade pode estar relacionada ao momento de parar de comer e seus sinais já aparecem quando pequenas quantidades de nutrientes são absorvidas no organismo.
A parte do corpo humano que controla essa sensação de necessidade de comer algo é o hipotálamo, uma área localizada no cérebro. Quando não sabemos lidar com as nossas emoções e descontamos nossos sentimentos na comida, ocorre o excesso de estímulo do hipotálamo.
Essa confusão no hipotálamo pode gerar a hiperfagia, também chamada de polifagia, que consiste em uma grave desordem alimentar caracterizada pela ingestão exagerada de alimentos, ultrapassando o necessário para atender a demanda energética do organismo.
“A lesão no hipotálamo pode levar a distúrbios alimentares e obesidade, além de poder causar dificuldade de realizar a deglutição de alimentos e deficiência de nutrição grave e prolongada”, alerta a nutricionista.
Para Ana Pallottini, a relação entre o eixo cérebro-intestino é capaz de melhorar as chances de optarmos por alimentos mais saudáveis. Por isso, uma alimentação mais consciente e equilibrada ajuda na tomada de decisão e principalmente no controle sobre nossas emoções. “Nosso intestino é capaz de produzir hormônios que nos trazem felicidade. Para mantê-lo equilibrado e funcionando adequadamente, é fundamental cuidar da saúde de nossa flora intestinal. Além disso, consumir todos os grupos alimentares possibilita um aporte de nutrientes capazes de suprir todas as carências nutricionais: os carboidratos integrais, por exemplo, oferecem vitaminas, fibras e minerais responsáveis para a saúde de nossas células intestinais”, reforça a especialista.
Desta forma, quando as pessoas sentirem desejos por determinados alimentos, devem estar mais conscientes para a tomada de decisão e, principalmente, para o controle sobre as emoções.

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