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Melatonina: suplemento pode ser pouco útil para quem tem insônia; entenda

Não existem até o momento evidências científicas de que tomar o hormônio seja suficiente para garantir uma boa noite de sono

por Lud Hayashi

A melatonina é produzida na glândula pineal, localizada atrás do terceiro ventrículo no cérebro e que faz parte do sistema endócrino. Ela atua na sincronização do ritmo circadiano, que é o nosso relógio biológico  o ciclo sono-vigília faz parte dele.

Da mesma forma que é liberada na escuridão, a melatonina é inibida quando há iluminação, inclusive de telas que emitem luz azul, como celulares, tablets e TVs. Sendo assim, os picos de melatonina são atingidos naturalmente à noite, em ambientes escuros, e os menores níveis ocorrem durante o dia.

Portanto, chamá-la de “hormônio do sono” é equivocado  o mais apropriado seria “hormônio da escuridão”, uma vez que não é essencial para nos fazer dormir, algo que depende de outros fatores, incluindo a adenosina, uma substância que se acumula ao longo do dia.

A melatonina natural, produzida no cérebro, ainda ajuda na regulação dos ciclos menstruais, e alguns estudos sugerem que ela pode proteger contra a neurodegeneração associada a doenças como Parkinson e Alzheimer.

Já a melatonina sintetizada, encontrada nos suplementos, pode ter algumas utilidades, mas elas não são totalmente claras do ponto de vista científico. Nos Estados Unidos, um estudo de 2017 com 31 produtos, publicado na Revista de Medicina Clínica do Sono, mostrou que o teor de melatonina variava de -83% a +478% em comparação ao indicado no rótulo.

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