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‘Não vemos mais objetivo do movimento continuar’, diz presidente nacional dos caminhoneiros

por Lud Hayashi

O presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, defendeu o fim da greve dos caminhoneiros na tarde desta terça-feira (29), após uma reunião com representantes do Governo do Paraná e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Curitiba.

A CNTA afirmou que “a partir deste momento, entrando no 9º dia de paralisação, os caminhoneiros, suas famílias e toda a sociedade começam a sofrer um desgaste desnecessário”.

Ainda conforme a confederação, “daqui para frente só haverá prejuízo aos caminhoneiros, de modo que a CNTA e todas as entidades sindicais de sua base, pedem a compreensão pelo fim da paralisação”.

Bueno afirmou que o governo federal atendeu às reivindicações dos caminhoneiros. “No dia 27 ele cumpriu exatamente aquilo que nós tínhamos proposto, que seria a resposta pra categoria da pauta que foi colocada inicialmente (…) com as publicações das medidas provisórias nos itens principais e mais expressivos da categoria, nós entendemos que foi contemplada a pauta inicial.

Outras entidades que representam caminhoneiros e transportadores no Paraná também se posicionaram pelo fim da greve após a proposta feita pelo governo federal, por acreditarem que as reivindicações da categoria foram atendidas.

Por outro lado, a sede paranaense da Federação Nacional dos Transportadores (Fenacam) defende que a pauta de reivindicações aumentou e que as paralisações devem continuar.

A paralisação de caminhoneiros chegou ao nono dia nesta segunda-feira (29), e gerou reflexos em vários setores econômicos.

Bueno afirmou que há “infiltrados” nas manifestações das estradas do Paraná, que não são caminhoneiros, e que a identificação dos mesmos cabe às forças de segurança.

O coronel da Polícia Militar (PM) Antônio Zanatta Neto, que também participou da reunião, disse que há a necessidade de ampliar as atividades de escolta de combustível, gás, oxigênio e outros insumos, por causa de pessoas infiltradas no movimento.

O Sindicato dos Caminhoneiros (Sindicam) no Paraná informou que acompanha a CNTA e também se posiciona pelo fim da greve, considerando que a pauta de reivindicações foi atendida. O Sindicam ressaltou que orienta aos caminhoneiros grevistas reflitam a respeito das propostas e, caso decidam continuar, que deixem passar caminhões com cargas essenciais, gás de cozinha e combustíveis.

A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) afirmou que a pauta inicial dos caminhoneiros autônomos foi atendida e que não há mais argumentos que justifiquem a manutenção da paralisação.

O Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar) disse que acredita que a paralisação dos caminhoneiros autônomos já deveria ter sido encerrada, considerando que as reivindicações foram atendidas.

A sede paranaense da Federação Nacional dos Transportadores (Fenacam) afirmou que a greve deve continuar porque a pauta de reivindicações aumentou. Ainda segundo a Fenacam, é necessário atender também a reivindicação da população em geral, que pede que a gasolina e o etanol também tenham preços reduzidos.

Além disso, a federação entende que é necessária uma revisão da tabela de fretes.

A proposta do governo federal

Na tentativa de encerrar a greve dos caminhoneiros, o presidente Michel Temer anunciou a redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel por 60 dias. A proposta também prevê a isenção de pagamento de pedágio para eixos suspensos de caminhões vazios.

Fonte: G1

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