Lar Beleza Óculos de sol em bebês: é bom ou pode ser prejudicial?

Óculos de sol em bebês: é bom ou pode ser prejudicial?

por Lud Hayashi

Quem acompanha a apresentadora Sabrina Sato nas redes sociais já deve ter percebido. Além de muito estilosa, a pequena Zoe, 4 meses, parece ter uma coleção de óculos de sol. A cada dia é um modelo diferente: gatinho, redondo, branco, rosa, vermelho… Mas o uso do acessório por bebês também tem despertado a curiosidade e até as críticas dos seguidores. “Me incomoda só de ver os óculos na bebê”, escreveu uma pessoa. “Coisa mais linda, mas será que esses óculos não prejudicam a visão dela?”, perguntou outra.
Segundo a oftalmologista Rosa Maria Graziano, presidente do Departamento de Oftalmologia Pediátrica da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SP-SP), o assunto é polêmico até mesmo entre os especialistas. “Quem é a favor do uso, diz que a radiação acumulada ao longo dos anos pode levar a uma destruição das células da retina, contribuindo para problemas de visão na terceira idade. Então, os óculos minimizariam esses danos futuros e longuícos”, conta. “A maculopatia senil é uma das principais causas de perda de visão em pessoas com mais de 60 anos. Ela prejudica a visão, fazendo com que a pessoa perca a capacidade de enxergar os detalhes. Antigamente, isso era extremamente raro, mas, hoje, com o aumento da expectativa de vida, passou a ser mais frequente”, afirma.

O pai, Duda Nagle, com a pequena Zoe (Foto: Reprodução Instagram)

Por outro lado, há médicos que afirmam que o uso precoce pode ser prejudicial. “A criança aprende gestos e condutas observando as pessoas e, teoricamente, se você colocar um óculos escuro nela, vai dificultar a visão, a percepção de cores, os detalhes”, diz. “Além disso, sabemos também que a exposição solar é benéfica para o desenvolvimento ocular, mas é claro, com alguns cuidados. Existem horários adequados para expor a criança ao sol, como o início da manhã e o final da tarde”, diz.

Sabrina Sato e a filha, ambas de óculos de sol (Foto: Reprodução Instagram)

A oftalmologista explica ainda que, mesmo em casos de crianças com fotofobia excessiva, ou seja, sensibilidade à luz, é importante consultar um médico antes de simplesmente optar pelo uso do acessório. “Quando um bebê tem dificuldade para abrir os olhos em ambientes muitos claros, podem haver outros problemas como uma lesão na córnea e o tratamento é fundamental”, alerta.
Por fim, se mesmo assim for da vontade dos pais que o bebê use o acessório, a orientação é dar preferência para modelos mais resistentes, confortáveis, maleáveis e com lentes de qualidade. Além disso, crianças que estão aprendendo a andar podem cair espontaneamente e o acessório pode machucá-las. Então, “o bom senso deve prevalecer. Um bonézinho pode ser mais benéfico do que óculos nos primeiros meses de vida. Mas os óculos não serão pejudiciais se a criança usar por pouco tempo em ocasiões específicas”, finaliza.

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