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As áreas verdes da cidade, além de espaços importantes para preservação ambiental, são habitats de diversos animais silvestres. Além do cuidado com a flora, incluindo o manejo e recuperação desses locais, a gestão municipal mantém diversas ações para preservação da fauna. Uma das iniciativas é a complementação da alimentação de animais silvestres em quatro áreas verdes onde circulam os maiores bandos de mamíferos como quatis, saguis, macacos-prego e capivaras.
O trabalho é realizado por um tratador de animais orientado por biólogos do Instituto Ambiental de Maringá (IAM) no Parque do Ingá, Bosque II, Parque Borba Gato e Horto Florestal. Diariamente, os tratadores disponibilizam cerca de 150 kg de alimentos como frutas e legumes em comedouros distribuídos no interior das áreas verdes. Os alimentos, que não estão em condições de comercialização, são doados pela Ceasa e outro distribuidor.
A diretora-presidente do IAM, Juliane Kerkhoff, destaca que os animais silvestres encontram na natureza os alimentos necessários para a sobrevivência. No entanto, com o processo de urbanização no entorno das áreas verdes e outros fatores, algumas espécies tiveram a busca de alimento prejudicada. “Os nossos biólogos atuam de forma muito cuidadosa e técnica com a complementação da alimentação e garantia da diversidade da nossa fauna”, explica.
Ela reforça que a comunidade não pode alimentar os animais e que a prática, além de ser prejudicial para as espécies, é infração ambiental. O decreto municipal nº 337/2018 determina multa de R$ 500 por animal silvestre alimentado. “A alimentação indevida, além de causar prejuízos aos animais com aumento da possibilidade de desenvolverem doenças e impacto na cadeia produtiva, representa um risco para a comunidade. Os animais silvestres, que são reservatórios de vírus e parasitas, podem reagir com mordidas e arranhões ao serem alimentados”, explica.