A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou nesta quinta-feira (9) o primeiro caso de varíola do macaco no Brasil.
O paciente é um homem de 41 anos, com histórico de viagem recente para Portugal e Espanha – dois países com número elevado de casos da doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil investiga outros sete casos da doença, nos estados de Mato Grosso do Sul, Ceará, Santa Catarina, Porto Alegre e São Paulo.
OMS teme que vírus da varíola do macaco se instale em países não endêmicos
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou nesta quinta-feira (9) o primeiro caso de Monkeypox no Brasil. A confirmação ocorreu pelo Instituto Adolfo Lutz após realização de diagnóstico diferencial de detecção por RT-PCR do vírus Varicela Zoster (com resultado negativo) e análise metagenômica do material genético, quando então foi identificado o genoma do Monkeypox vírus.
O caso é um homem de 41 anos, residente da Capital, com histórico de viagem para Portugal e Espanha, e que está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em bom estado clínico. Todos os contatos do paciente estão sendo monitorados pelas equipes de vigilância.
O Centro de Vigilância Epidemiológico (CVE) estadual e a prefeitura de São Paulo também investigam desde a semana passada um outro paciente, uma mulher de 26 anos, também moradora da Capital.
Monitoramento em tempo real da iniciativa Global.health, que inclui pesquisadores de universidades como Harvard e Oxford, mostra que já foram confirmados cerca de 1.300 casos – o primeiro deles foi notificado no Reino Unido, em 7 de maio.
A Inglaterra lidera a lista, com mais de 300 infecções confirmadas. Em seguida aparecem Espanha (259) e Portugal (191).
Este é o maior surto global de varíola do macaco fora do continente africano. A OMS (Organização Mundial da Saúde) tenta entender como um vírus considerado de difícil transmissão entre humanos está se propagando em uma dinâmica nunca antes observada.
Até então, os poucos casos registrados fora da África estavam associados a viagens e raramente havia transmissão secundária – as infecções ficavam restritas à casa do paciente.