Essa semana voltei a fazer atividade física. Lembrei da frase de uma amiga que diz: “Eu não faço exercícios porque gosto, faço porque preciso”. E é exatamente esse o meu pensamento atualmente. Porque, enquanto esperei, por muitos meses, sentir vontade de ir à academia, não ia e sempre arrumava uma desculpa para isso, como: “não tenho tempo”, “estou cansada” e por aí vai.
Se você gosta de calçar um tênis e praticar uma atividade física todos os dias, de fato, você é uma exceção. Isso porque a maioria dos brasileiros não realiza qualquer tipo de exercício. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) 7 entre 10 brasileiros são sedentários.
Pandemia aumenta busca por combate à obesidade
E, quando as energias não são gastas, elas se transformam em gordura e, ao longo do tempo, junto à má alimentação, conduzem a pessoa à obesidade. Nesse cenário, ambos, o sedentarismo e a obesidade, podem trazer impactos muito negativos, como doenças cardiovasculares, pressão alta, diabetes, aumento do colesterol e doenças nas articulações.
Isso sem falar na respiração ofegante, falta de disposição, preguiça e cansaço. Há estudos mais recentes que mostram que quanto maior o peso de alguém, menor será a atividade e o fluxo sanguíneo cerebral da pessoa, ou seja, o excesso de peso pode impactar até mesmo nossa capacidade cognitiva, gerando perda de memória e desatenção, trazendo a possibilidade de desenvolver Alzheimer no futuro e até agravando quadros de depressão.
Fome emocional
A fome emocional, como o nome já diz, acontece quando se come por conta das emoções. Só quem já comeu seu prato preferido “em busca de melhorar um dia ruim”, ou quem “comeu uma pizza inteira para celebrar uma conquista” entende.
A pessoa come não para preencher um vazio do estômago, mas para preencher um vazio interior. E, em vez de cuidar da emoção, acaba decontando-a na comida, obtendo um alívio que vai durar apenas alguns minutos. Por isso, muitos que fazem isso se sentem “culpados” depois.
A fome emocional pode ser um sinal da ansiedade
Essa necessidade de comer baseada nas emoções afloradas tem sido um dos motivos que têm levado as pessoas à obesidade. Claro que outros como, histórico familiar, uma doença subjacente também são causas importantes. Mas, o fato é que muitas pessoas estão jogando “suas saúdes no lixo” porque descontam frustrações e alegrias nos alimentos.
E a busca da comida como escape emocional cresceu ainda mais no cenário que vivemos atualmente, da pandemia.
Por isso, é preciso que façamos uma autoreflexão: Por que nos sabotamos tanto quando o assunto é nossa saúde física? Por que estamos engordando tanto?
E aqui estou falando do peso como saúde e não estética.