Com o custo de US$ 200 milhões, a Tess substituirá o telescópio espacial Kepler, que está em operação desde 2009 e descobriu mais de 4,5 mil planetas em órbita em torno de estrelas distantes. Ao contrário do Kepler, cuja vida útil está chegando ao fim, a Tess terá a missão de procurar exoplanetas em estrelas mais próximas da Terra. Os cientistas estimam que a nave possa descobrir até 20 mil novos mundos.
Assim como ocorre com o Kepler, quando os instrumentos extremamente sensíveis da Tess detectarem um trânsito diante de uma estrela, ela será “marcada” para que os astrônomos possam analisá-la individualmente e decidir se ali há mesmo um candidato a exoplaneta.
Dos mais de 4,5 mil candidatos a exoplanetas identificados pelo Kepler, mais de 2,3 mil já foram confirmados. O Kepler, porém, tem seu foco fixado em uma porção do céu e aprofunda as buscas naquele trecho, encontrando planetas em distâncias imensas.
A Tess, por outro lado, buscará por estrelas de 30 a 100 vezes mais brilhantes do que as observadas pelo Kepler, em um área muito maior. A nave passará cerca de um mês com o foco em cada trecho do céu. A ideia é encontrar exoplanetas em estrelas mais próximas, que depois possam ser estudadas a fundo por telescópios localizados na Terra.
Segundo a Nasa, a órbita escolhida para a Tess, extremamente elíptica, é inédita e nunca foi tentada antes. Em sua trajetória, a nave irá tão longe como a Lua para observar os planetas e voltará para as proximidades da Terra para enviar os dados de volta. Cada órbita será completada em aproximadamente 14 dias.