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Duas cidades do Norte Pioneiro ficam entre as 10 melhores do Ideb

por Lud Hayashi
Arquivo Folha/Lis Sayuri

Arquivo Folha/Lis Sayuri - Em Quatiguá, o desafio é o acolhimento de alunos de outras regiões

Em Quatiguá, o desafio é o acolhimento de alunos de outras regiões

Dois municípios do Norte Pioneiro tiveram destaque nas notas do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), divulgadas recentemente pelo MEC (Ministério da Educação). O melhor desempenho da região foi obtido por Sertaneja, que ficou em 5° lugar no Estado com 8.1. Joaquim Távora aparece logo na sequência, em 10º no Estado, com 7.7 pontos. Guapirama, Quatiguá e São José da Boa Vista também receberam pontuação bem acima da meta estipulada para os primeiros anos do ensino fundamental em 2019.

A meta projetada para Joaquim Távora era 5.9, mas o município de 12 mil habitantes chegou aos 7.7 pontos. “Não é um trabalho de agora. Em 2005, tínhamos o projeto de olimpíada municipal de matemática e, nesse mesmo ano, iniciamos os estudos das matrizes de referência de língua portuguesa e matemática. O grande diferencial foi saber que muda a gestão, muda a equipe, mas cada um deu continuidade a esse trabalho”, comenta a secretária municipal de Educação, Delzuíta Vieira de Souza.
O município tem 1.394 alunos entre educação infantil, creche e ensino fundamental. Souza comenta que a secretaria sempre trabalhou com atividades voltadas para a Prova Brasil (exame utilizado na avaliação do Ideb), com aplicação de simulados mensais a todos os alunos dos primeiros anos escolares.

Os dados dos simulados são compilados para análise e redirecionamento dos esforços. “Fazemos um gráfico, não é para divulgação, mas para chamarmos os coordenadores e diretores, porque com esse sistema conseguimos observar até se uma professora está usando a linguagem ideal para que os alunos se familiarizem com os termos utilizados nas provas, por exemplo”, menciona.
A nota está acima da média paranaense, que é de 6.4 para o mesmo nível escolar, porém, houve estagnação. Joaquim Távora conquistou a mesma pontuação obtida em 2017. “A gente identificou que [o problema] foi a distorção de idade-série, com a inclusão de alunos em idade não correspondente à série. A gente já sabia, vimos as preliminares, vimos que as notas de proficiência aumentaram, mas que haveria essa questão da distorção”, aponta. A proposta é continuar reforçando o conteúdo em trabalho contínuo com as escolas.

Laís Taine – Grupo Folha

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