O vice-prefeito Beto Nabhan, também presidente do Sinveste (Sindicato das Indústrias do Vestuário de Cianorte), recebeu profissionais da imprensa na manhã da última terça-feira (18), na sede do sindicato, para esclarecer a opinião pública sobre os acontecimentos que envolvem o Shopping Nabhan, o mais antigo de Cianorte, que leva o nome de sua família e passa por uma grave crise econômico-financeira, gerando especulações de todos os tipos.
Durante a conversa com jornalistas, Beto Nabhan deixou claro que lamenta a situação atual dos lojistas e, especialmente, dos trabalhadores do shopping e que, independente de nunca ter tido envolvimento com a administração do empreendimento, está trabalhando para encontrar uma solução que beneficie a todos. “Apesar de fazer parte da família que construiu o centro atacadista, há mais de três décadas, nunca tive participação na administração do shopping e não posso ser responsabilizado pelos problemas que vem se sucedendo ao longo dos anos. No entanto, estou empenhando esforços e lamento as injustas críticas que estão sendo feitas a mim e à administração pública”, enfatizou Beto.
Segundo ele, a responsabilidade deve recair sobre a antiga diretoria, que renunciou ao cargo assim que os problemas vieram à tona. “Durante 24 anos o shopping foi administrado pela mesma diretoria, que nunca se preocupou em prestar contas”, afirmou, exemplificando que, há cerca de quatro anos, um grupo de empresários do qual fazia parte, tentou obter informações sobre a situação econômica do shopping Nabhan. “Naquela época já tínhamos essa preocupação e montamos um projeto bastante interessante para ajudar a reerguer o shopping, mas sequer fomos ouvidos pela diretoria”, contou.
Atualmente, dos cerca de 150 espaços comerciais que formam o empreendimento, pouco mais de 30 estão ocupados. E esse número deve cair ainda mais nas próximas semanas quando pelo menos mais seis lojistas deverão transferir suas marcas para um dos outros dois shoppings atacadistas da cidade. “É uma situação triste e lamentável, sobretudo para os trabalhadores do shopping, que estão com salários atrasados e são os mais prejudicados nessa confusão toda”, disse.
Além dos salários atrasados, o passivo financeiro em dívidas inclui rescisões trabalhistas e inadimplência com o Governo Federal e até com fornecedores. Aos que clamam pelo apoio da Prefeitura de Cianorte, Beto Nabhan informou que o poder público municipal está disposto a ajudar, mas pouco pode fazer a respeito do assunto. “A Prefeitura está impedida legalmente de investir dinheiro público em um negócio privado”, explicou.
Na opinião do vice-prefeito, para resgatar a credibilidade que já teve um dia, o Shopping Nabhan precisaria ter uma diretoria altamente comprometida com a sua recuperação financeira e com uma administração correta e transparente dos ativos que certamente existem. Para ele, a saída para o shopping seria adaptá-lo para vendas no varejo, o que demandaria investimentos em torno de R$ 20 milhões.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Sinveste