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“Na verdade, minha esposa, na inocência, pegou uma nota de R$50. Mas eu tenho a caneta que faz o teste. Pena que foi com ela, numa hora em que precisei dar uma saída”, lamenta. “Tem gente que ainda repasse e a nota acaba indo quando é muito volume”.
Jéssica Souza, 26 anos, vende morangos e se sente revoltada. “Tem que matar uma praga dessas”. Ligeira na entrega do produto, para conferir o troco e manter a carriola no jeito, precisa se ligar também nas possíveis notas falsas. Souza conta que os mal intencionados agem calculadamente: “Uma palhaçada. Colocam até gente de idade para fazer isso porque não levantam suspeita. “Estou com uma nota de R$50 porque vi que a mulher tinha cara de gente boa e isso é uma cilada.
Não fosse a experiência e a luta para ganhar o pão, o vendedor ambulante Ricardo da Paz, 62 anos, estaria passando mais aperto. É porque tem muito malandro tentando se dar bem enquanto ele trabalha. Paz já foi vítima de dinheiro falso e agora fica ainda mais atento. Ele comercializa pimenta, banana, quiabo na avenida Rio de Janeiro e relata que ainda sendo tão cuidadoso, levou um susto recentemente.
Jéssica Souza, 26 anos, vende morangos e se sente revoltada. “Tem que matar uma praga dessas”. Ligeira na entrega do produto, para conferir o troco e manter a carriola no jeito, precisa se ligar também nas possíveis notas falsas. Souza conta que os mal intencionados agem calculadamente: “Uma palhaçada. Colocam até gente de idade para fazer isso porque não levantam suspeita. “Estou com uma nota de R$50 porque vi que a mulher tinha cara de gente boa e isso é uma cilada.
A gente cai, mesmo”. Alerta: “As aparências enganam”, avisa. Uma outra estratégia, segundo a vendedora, é aproveitar momentos em que há mais de um cliente. “Fazem de caso pensado. O golpista se vale da hora em que a gente está atendendo um e outro e às vezes não consegue levantar suspeitas.”
Walkiria Vieira/NOSSODIA