A morte do músico Deison Freitas, de 34 anos, pelo novo coronavírus colocou em luto parte dos 100 mil habitantes do município de Tubarão, no interior de Santa Catarina. Pelas redes sociais, somam-se dezenas de postagens e vídeos em homenagem ao artista, que ficou 20 dias na UTI. “Hoje o seu show é no céu! Descanse em paz, amigo”, dizia uma das imagens mais compartilhadas.
Nascido em Porto Alegre, Deison era cantor, compositor e instrumentista. Lançou o primeiro e único álbum, Primeira Página, em 2014. No YouTube, costumava compartilhar vídeos com versões de canções de artistas e bandas como Cazuza, The Beatles e Wilson Simonal, além de trabalhos autorais. Ele também era professor de música há 12 anos e autor do e-book Estudando para cantar.
O artista aprendeu a tocar violão aos seis anos, por influência do pai. Aos 14 anos, já se apresentava profissionalmente em bandas de baile do sul catarinense, enquanto, nos anos seguintes, passou também a fazer shows de voz e violão em bares e eventos.
Já o músico Jorge Nando, de 40 anos, conta que havia composto uma música com Deison. “Moro em outra cidade, mas estávamos sempre nos falando por telefone, sobre o cenário musical, composições e instrumentos musicais. Também íamos gravar um vídeo ainda esse ano, cantando juntos.”
Ele descreve o amigo como uma pessoa bem-humorado e que “sempre lutava pela música de qualidade, que gostava de ouvir e tocar os grandes nome da nossa música.”
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