As características são tão variadas que muitos se tornam exóticos. Focinho longo com orelha pequena, tórax forte com patas curtas, patas longas com rabo curto, manchas engraçadas e cores diversas — essas são algumas das particularidades físicas dos vira-latas!
Quando percebemos a mistura de duas ou mais raças em um único animal, este pode ser considerado um típico vira-lata, ou SRD — sem raça definida.
A cor caramelo, muito popular, tem sua explicação biológica. Quando o pigmento preto, o mais comum na pelagem dos cães, não é dominante, abre-se espaço para outros tons como o marrom-claro – o tão famoso caramelo, ou o branco, que é a ausência de cor. Parte do temperamento também pode ser herdada da mistura de raças.
As raças surgiram do cruzamento de animais da mesma família, daí a resposta para a padronização estética, de comportamentos e até de doenças. Já o vira-lata é fruto da mistura de várias raças e, geralmente, são animais muito mais expostos aos perigos oferecidos nas ruas. Os que sobrevivem, obviamente, só conseguem essa proeza porque são ágeis, inteligentes e seus organismos mais resistentes. Vale lembrar que o instinto de sobrevivência muitas vezes foi ativado diante de alguma situação de maus-tratos – esses episódios geram traumas que em alguns casos levam algum tempo para serem amenizados.