Os brasileiros que precisaram substituir o botijão de 13 kg de GLP (gás liquefeito de petróleo) para cozinhar na semana passada tiveram que desembolsar, em média, R$ 98,67, de acordo com dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
O valor corresponde a 8,97% do salário mínimo, de R$ 1.100, e equivale ao maior percentual em comparação com o piso da remuneração oferecida aos trabalhadores desde o início de 2008, segundo informações compiladas pelo site Observatório Social da Petrobras.
Conforme os levantamentos, houve uma tendência de queda da proporção entre o GLP e o salário mínimo ao longo da maior parte do século, interrompida entre os anos de 2015, quando um botijão de 13 kg chegou a representar 5,7% da remuneração mínima, e 2017.
Caso o reajuste de 7,2% no preço do gás de cozinha anunciado pela Petrobras nas refinarias seja repassado integralmente aos consumidores, o valor médio cobrado pelo botijão de 13 kg pode chegar a R$ 105,80 e se aproximar de 10% do salário mínimo, o que não ocorre desde março de 2006.
Os dados da ANP, no entanto, mostram que o valor cobrado pelo botijão já é encontrado por mais de 10% do salário mínimo em todas as regiões do Brasil. No Norte, Sul e Centro-Oeste, o preço máximo supera R$ 130, ou mais de 11% da remuneração mínima dos brasileiros.