Lar Cultura Prefeitura de Maringá dá voz e espaço para excluídos culturais

Prefeitura de Maringá dá voz e espaço para excluídos culturais

por Lud Hayashi
A Prefeitura de Maringá ampliou as ações de transparência e inclusão cultural na gestão Ulisses Maia. A Secretaria de Cultura lançou editais voltados para minorias e ofertou a participação em eventos.
Prova mais recente é a Festa Literária Internacional de Maringá 2021 (Flim). Foram selecionados mais de 40 autores e artistas nos segmentos independentes, lançamentos literários e artistas visuais locais, que se apresentarão entre os convidados famosos. “Queremos atrair todos os segmentos”, comenta o secretário de Cultura, Victor Simião. “Por isso abrimos espaço na Flim desse ano. Será uma troca rica de conhecimento”.
São artistas que, geralmente, são ignorados em eventos de órgãos públicos por serem amadores e/ou bancarem sua própria produção. O que não significa que não tenham qualidade ou público.
Como será mostrado no debate “O (fan)zine na cena cultural maringaense”, às 19h do dia 11 de dezembro, sábado. É uma iniciativa que interessa ao mercado literário, pois é comum o escritor, jornalista ou artista começar sua carreira com um fanzine. Com uma diferença marcada pela tecnologia: a criação de web zines, pois os processos artesanais no formato impresso já estão, há muito, ultrapassados.
PUNK – O fanzine (de fã + magazine, revista em inglês) é uma produção independente feita por e para um público específico. É o primórdio do blog. A origem está na década de 1950 com a divulgação de filmes independentes que não eram exibidos no circuito comercial de cinema. E foi a principal ferramenta de divulgação do punk, que usava o zine para resenhar os discos e anunciar shows das bandas, além de ideologias e protestos punks em meados da década de 1970.
MANUAL – O debate na Flim reunirá o antes e o depois do fanzine em Maringá. O jornalista Andye Iore é autor do primeiro zine maringaense, The Wild Side. Lançado em fotocópias entre 1991 e 1994. Que teve repercussão nacional, divulgando trashmovies, quadrinhos e rock underground. Foi a porta de entrada para o jornalista na imprensa.
Ana Favorin, poeta que faz zines, como o “Pé Vermelho”, “Sossego” e o “ISO lamento”, alternando entre impresso e digital. Aborda cenas e  situações corriqueiras da rotina da cidade, influenciada pelos poetas marginais da década de 1970. O debate será mediado por Suelen Domingues.
Colocar o fanzine e os independentes na agenda da Flim ressalta o tema dessa edição, “Memórias”. “Estamos olhando para trás, buscando os saberes de quem veio antes. E com essas memórias, construindo um presente e futuro cultural”, conceitua Thays Pretti, da comissão curadora da FLIM.
SERVIÇO:
• Flim 2021 – Entre 8 e 12 de dezembro, na internet e no Centro de Ação Cultural (CAC)
• site da Flim 2021 .
• site de Andye Iore .
• site da Ana Favorin .

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