Para 7% da população, o idioma oficial do Brasil não é o português, mas sim, o “brasileiro” ou o latim, enquanto 24% desconhecem que a Europa é um continente e 12% afirmam que o México fica na América do Sul, segundo dados de um estudo da British Airways.
E quando se fala em finanças, a falta de conhecimento dos brasileiros chega a ser assustadora: 99,4% não conhecem o conceito de juros compostos, segundo pesquisa da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). Não é à toa que, de acordo com a CNC (Confederação Nacional do Comércio), nove de cada dez inadimplentes têm dívidas no cartão de crédito, a modalidade com uma das maiores taxas de juros do mundo.
Os smartphones são, de longe, os mais populares, com 242 milhões de aparelhos ativos, um número maior do que a população total do país. E quanto ao acesso à internet, a pandemia fez os indicadores crescerem como nunca e, em 2020, o Comitê Gestor da Internet no Brasil revelou que 81% dos brasileiros com mais de 10 anos de idade têm internet em casa.
Além de o brasileiro estar conectado, é um dos povos que mais passa tempo na internet: 3 horas e 47 minutos por dia, perdendo apenas para os nigerianos, filipinos e sul-africanos por questão de poucos minutos. Levando em conta os perfis mais populares nas redes sociais, não é difícil entender o tipo de conteúdo que é consumido.
Elon Musk, o homem mais rico do mundo atualmente, afirmou que não é necessário frequentar uma faculdade para se obter conhecimento. Para ele, pode-se aprender qualquer coisa, de graça, pela internet. Mas, obviamente, perfis e canais que levam instrução e conhecimento gratuitamente não chegam nem perto dos mais acessados.
As pessoas não estão perdendo apenas tempo com coisas que não acrescentam nada, mas também acabam jogando fora a chance de aprender qualquer tipo de assunto sem sair de casa, sem gastos extras e literalmente a qualquer hora. O que se vê é que, muitas vezes, a falta de interesse é bem maior do que a falta de oportunidades.