A mãe da cantora Marília Mendonça, Ruth Dias, revelou recentemente que seu neto, Leo, desenvolveu diabetes tipo 1 após a morte da mãe. De acordo com ela, a causa do quadro teria sido de origem emocional, devido à saudade sentida pela criança.
Segundo o endocrinologista Luiz Turatti, do Hospital Moriah, embora o emocional possa estar associado ao surgimento do quadro, a questão não seria a verdadeira causa do diabetes.
Porém, o endocrinologista explica que o fator emocional pode, sim, influenciar no controle de glicemias. Isso porque episódios de situações que demandam emoções extremas ativam a excreção de hormônios como o cortisol e a adrenalina, que podem aumentar ou diminuir a glicemia do paciente.
O endocrinologista Marcelo Miranda, do Vera Cruz Hospital, explica ainda que o diabetes tipo 1 é uma doença autoimune em que ocorre um erro de programação do sistema imunológico, atacando e destruindo as células produtoras de insulina no pâncreas, incapacitando a fabricação do hormônio.
O diabetes tipo 1 é comumente desenvolvido entre a infância e a adolescência. A endocrinologista Livia Guedes explica que, entre os sintomas que podem ser identificados no quadro, estão o grande volume de urina; aumento do apetite, podendo ser definido como “fome insaciável”; excesso de sede; perda de peso, podendo ou não acompanhar um quadro de cetoacidose; demora na cicatrização; formigamento em mãos e pés; e boca seca. Nesse tipo, o controle é feito mediante ao uso de insulinas.
No diabetes tipo 2, diferente do tipo 1, ainda existe a produção de insulina, mas seu funcionamento no organismo é prejudicado, necessitando de remédios via oral para ajudar no controle glicêmico.
Embora esteja associado à idades acima dos 45 anos, cada vez mais crianças e adolescentes estão sendo diagnosticados com a doença devido a hábitos alimentares, sobrepeso e ao sedentarismo, conforme afirma Miranda.