O uso de telas de dispositivos eletrônicos pode acelerar o nosso processo de envelhecimento, mostra um estudo realizado por cientistas da Oregon State University, nos Estados Unidos, e publicado nesta quarta-feira (31) na revista científica Frontiers in Aging.
Smartphones, tablets, televisões, computadores… Todos os dispositivos usados no nosso dia a dia emitem a chamada luz azul, por meio da iluminação de LED.
Estudos anteriores realizados por eles já mostravam que esses insetos, quando deixados sob a luz azul, tinham ativados os genes protetores do estresse, enquanto os que ficavam na escuridão viviam mais.
As células dos insetos operavam em um nível abaixo do ideal, o que pode causar sua morte prematura e explicar como a luz azul acelera o envelhecimento.
“O succinato é essencial para produzir o combustível para a função e o crescimento de cada célula. Altos níveis de succinato após a exposição à luz azul podem ser comparados à gasolina estar na bomba, mas não entrar no carro”, explica em comunicado a autora sênior do estudo, Jadwiga Giebultowicz, professora do Departamento de Biologia Integrativa da Oregon State University.
Por outro lado, a redução dos níveis de glutamato afeta a comunicação entre os neurônios, segundo a pesquisadora, que salienta que os resultados obtidos com as moscas podem ser extrapolados para humanos.
“Os LEDs se tornaram a principal iluminação em telas de telefones, desktops e TVs, bem como na iluminação ambiente, de modo que os seres humanos, nas sociedades avançadas, são expostos à luz azul por meio da iluminação LED durante a maior parte de suas horas de vigília. Os produtos químicos de sinalização nas células de moscas e humanos são os mesmos, então há potencial para efeitos negativos da luz azul em humanos.”
Por outro lado, a professora salienta que são necessários mais estudos para comprovar com mais precisão como a luz azul afeta as células humanas.
“Usamos uma luz azul bastante forte nas moscas – os humanos são expostos a uma luz menos intensa, então os danos celulares podem ser menos dramáticos. Os resultados deste estudo sugerem que pesquisas futuras que envolvam células humanas são necessárias para estabelecer até que ponto as células humanas podem apresentar alterações semelhantes nos metabólitos envolvidos na produção de energia em resposta à exposição excessiva à luz azul.”