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A vacinação contra o novo coronavírus segue em todo o Brasil, ainda que em ritmo lento devido à escassez de vacinas para dar conta de toda a demanda. No Rio Grande do Sul, 2.210.838 pessoas já receberam a primeira dose do imunizante, enquanto 874.533 completaram o calendário vacinal e já foram vacinados com a dose 2. Com a ampliação do espectro de pessoas imunizadas, se tornam mais comuns os relatos de reações adversas à vacina.
Dos imunizantes que estão sendo aplicados no Brasil, a da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz é a que tem apresentado o maior número de casos. A aplicação da vacina chegou a ser suspensa em 13 países europeus devido a complicações sanguíneas como trombose e morte por coágulos. Após dez dias, porém, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) liberou o uso, visto que não identificou relação com o desenvolvimento de eventos trombolíticos, concluindo que a vacina da AstraZeneca é segura e que os benefícios do produto ainda superam os possíveis riscos. No Brasil, a Anvisa não registra casos de reações graves.
Ainda assim, são comuns os registros de reações adversas ao imunizante. Conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES-RS), sensibilidade no local da injeção, dor local, dor de cabeça, fadiga, mialgia, mal-estar, febre, calafrios, dor nas articulações e náusea são as mais comuns, sendo menos frequentes quando da segunda dose. Todos esses sintomas, porém, constam da bula da vacina e não trazem riscos à população, além do desconforto momentâneo.
A Vigilância Sanitária gaúcha monitora os casos envolvendo reações à aplicação da vacina. Caso os efeitos sejam mais sérios ou persistam por mais tempo do que o considerado normal, a SES-RS recomenda que a população entre em contato com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), por meio do telefone 150, o disque vigilância.
Abaixo, os efeitos colaterais registrados nas pesquisas clínicas e que constam na bula da vacina que, no Brasil, é produzida pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz)
Confira a lista dos efeitos colaterais relacionados à vacina da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz:
Muito comum (pode afetar mais de 1 em cada 10 pessoas)
- Sensibilidade, dor, sensação de calor, coceira ou hematoma (manchas roxas) onde a injeção é administrada
- Sensação de indisposição de forma geral
- Sensação de cansaço (fadiga)
- Calafrio ou sensação febril
- Dor de cabeça
- Enjoos (náusea)
- Dor nas articulação ou dor muscular
Comum (pode afetar até 1 em cada 10 pessoas)
- Inchaço, vermelhidão ou um caroço no local da injeção
- Febre
- Enjoos (vômitos) ou diarreia
- Sintomas semelhantes aos de um resfriado como febre acima de 38 °C, dor de garganta, coriza (nariz escorrendo), tosse e calafrios
Incomum (pode afetar até 1 em cada 100 pessoas)
- Sonolência ou sensação de tontura
- Diminuição do apetite
- Dor abdominal
- Linfonodos (ínguas) aumentados
- Sudorese excessiva, coceira na pele ou erupção na pele
Muito raro
- Coágulos sanguíneos importantes em combinação com níveis baixos de plaquetas no sangue (trombocitopenia) foram observados com uma frequência inferior a 1 em 100.000 indivíduos vacinados
Desconhecida (não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis)
- Reação alérgica grave (anafilaxia)
- Inchaços graves nos lábios, face, boca e garganta (que pode causar dificuldade em engolir ou respirar)