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Vacina experimental contra o HIV é ineficaz, concluem pesquisadores

Estudo chamado de Mosaico teve 3.900 voluntários entre 18 e 60 anos na Europa, América do Norte e América do Sul desde 2019

por Lud Hayashi

Um dos principais estudos de vacina contra o HIV do mundo, o Mosaico, mostrou que o imunizante Ad26.Mos4.HIV, da Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson, é seguro, mas ineficaz.

O estudo de fase 3 envolveu 3.900 voluntários de 18 a 60 anos na Europa, América do Norte e América do Sul. Com os resultados, o trabalho será descontinuado, informou nesta quarta-feira (18) o NIH (Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos).

No Brasil, o estudo foi realizado em oito centros de pesquisa, em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Amazonas.

O foco eram HSH (homens que fazem sexo com homens) e transexuais.

“Os participantes estão sendo notificados dos resultados e análises adicionais dos dados do estudo estão sendo planejadas”, afirma o NIH.

Os participantes recebiam quatro injeções ao longo de um ano, as últimas duas com uma formulação de proteína de envelope de HIV bivalente, “combinando proteínas de envelope dos clados C gp140 e gp140 de mosaico, com adjuvante de fosfato de alumínio para aumentar as respostas imunes”, explicou o NIH.

Todas as doses foram aplicadas nos voluntários até outubro do ano passado.

O Conselho Independente de Monitoramento de Dados e Segurança — DSMB, na sigla em inglês — iniciou a revisão dos dados recentemente e concluiu que não havia problemas com a segurança do imunizante.

“No entanto, o número de infecções por HIV foi equivalente entre os braços de vacina e placebo do estudo. Durante o ensaio clínico, todos os participantes receberam ferramentas abrangentes de prevenção do HIV, incluindo profilaxia pré-exposição ou PrEP. A equipe do estudo garantiu que os participantes que contraíram o HIV durante o estudo fossem encaminhados imediatamente para cuidados médicos e tratamento”, diz a nota.

Esse é o segundo revés do mesmo imunizante. Em 2021, testes em mulheres jovens na África subsaariana tiveram desfecho semelhante.

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