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Covid-19 avança no Brasil e já representa 70% das internações por complicação respiratória

Boletim InfoGripe, da Fiocruz, indica aumento de 7% nas hospitalizações entre 29 de maio e 4 de junho

por Lud Hayashi

Covid-19 já representa cerca de 70% de todas as internações por complicação respiratória no Brasil, aponta o boletim InfoGripe, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgado nesta quinta-feira (9).

O levantamento aponta cerca de 7.700 hospitalizações por Srag (síndrome respiratória aguda grave) entre 29 de maio e 4 de junho, um aumento de 7% em relação à semana anterior.

O crescimento do número de internações ocorre no contexto de uma alta de novos casos de Covid-19.

Nesta quarta-feira (8), o Brasil registrou uma média móvel de novas infecções de 36.537, elevação de 144% em relação ao observado há duas semanas.

“É fundamental que a população retome certas medida simples e eficazes, como o uso de máscara, especialmente no transporte público, seja ele coletivo ou individual – tais como ônibus, trem, metrô, barcas, táxis e aplicativos. E quem ainda não tomou a dose de reforço da vacina da Covid precisa tomar. A vacinação é simplesmente fundamental”, afirma o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.

Somente neste ano, já foram notificadas mais de 155,2 mil internações por síndrome respiratória aguda grave, das quais 48,3% tiveram teste positivo para algum vírus respiratório. A Covid representa, em 2022, 82,7% dessas hospitalizações.

O VSR (vírus sincicial respiratório) responde por quase 10% das hospitalizações e tem afetado, desde o início do ano, principalmente crianças entre zero e 4 anos.

Especialistas avaliam que a tendência é um inverno com aumento das internações, por alguns motivos. O primeiro deles é o relaxamento de medidas de proteção, especialmente o uso de máscara em locais fechados, além do retorno ao trabalho e das aulas presenciais.

“Qualquer situação em que se aglomeram pessoas [em locais] sem ventilação é propícia para a transmissão de doenças respiratórias. É por isso que esperamos que haja um aumento não só de Sars-CoV-2, mas também de outros vírus de transmissão respiratória”, salienta o vice-presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) e coordenador da infectologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista) em Botucatu, Alexandre Naime Barbosa.

Em segundo lugar, a imunidade conferida pelas vacinas cai ao longo do tempo, da mesma forma que a proteção natural conferida pela própria doença. Ou seja, quem tomou reforço ou teve Covid-19 em janeiro já está vulnerável a ter a infecção novamente.

Ainda há aqueles que não se vacinaram ou estão com o esquema vacinal incompleto.

Na tentativa de frear o agravamento dos quadros de Covid-19, o Ministério da Saúde liberou na semana passada a aplicação de um segundo reforço em indivíduos acima de 50 anos e profissionais da saúde que tenham tomado a dose anterior há mais de quatro meses.

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